sexta-feira, 8 de maio de 2015

Maciço da Lapinha tem 557 milhões de anos

 
No dia 07 de maio, aconteceu no Parque Estadual do Sumidouro uma visita técnica coordenada pelo geólogo Gustavo Macedo, doutorando do Programa de Geoquímica e Geotectônica do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.
A visita contou com a participação de outros geólogos da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, da Alemanha e da Bélgica.
 
O objetivo foi apresentar o local onde Gustavo realizou a datação do maciço da Lapinha aos demais geólogos e realizar uma palestra sobre seu trabalho à equipe do Parque. O maciço pôde ser datado devido à existência de zircão. Esse mineral contém quantidades de chumbo e urânio que permitem, por meio de metodologia específica, identificar a idade máxima das rochas.
A idade máxima de deposição para a Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí, foi de 557 milhões de anos, sendo mais jovem do que se acreditava até então.
Além disso, dados geocronológicos sugerem que a evolução sedimentar de grande parte do Grupo Bambuí se iniciou no limite Ediacarano/Cambriano e que a deposição teria ocorrido em uma bacia marinha no interior do continente Gondwana Ocidental, quando África e América do Sul estavam ligados.
O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, pois é o período de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro fóssil. Por muito tempo se considerou os fósseis do Cambriano como os mais velhos do planeta, porém, atualmente foram encontrados fósseis mais antigos que datam do período Ediacarano.
Para conhecer mais sobre o trabalho, o nome do projeto de pesquisa de mestrado do Gustavo Macedo de Paula Santos é “Quimioestratigrafia isotópica (C, O e Sr) e geocronologia (U-Pb, Sm-Nd) das rochas da Formação Sete Lagoas, Grupo Bambuí”.