quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MPMG apreende bens arqueológicos expostos à venda pela Internet

MPMG apreende bens arqueológicos expostos à venda pela internet
           
               Depois de oito meses de investigações, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu apreender dois instrumentos arqueológicos pré-históricos que estavam sendo ilegalmente oferecidos à venda pela internet. A legislação brasileira estabelece que os bens arqueológicos constituem bens protegidos em razão de seu valor cultural. Esses objetos são de propriedade da União e não podem ser comercializados, conforme a Lei n.º 3.924/1961.
           Uma das investigações começou em 2012, com uma denúncia feita pela Sociedade de Arqueologia Brasileira e pelo Centro Nacional de Arqueologia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais. Os órgãos informaram que um cidadão da região do Alto Paranaíba estava oferecendo à venda, pela internet, um machado pré-histórico fabricado em pedra. Então, com o apoio da Promotoria de Combate aos Crimes Cibernéticos, o responsável pelo anúncio foi identificado e a Promotoria de Justiça de Ibiá obteve mandado judicial de busca, que foi cumprido pela Polícia Civil, viabilizando a apreensão da peça. O machado, confeccionado em pedra polida, tem 20 cm de comprimento.

Outro caso
                Em maio de 2013, outra denúncia à Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural, dessa vez de um arqueólogo, revelou a existência de um soquete de pedra, denominado “mão de pilão”, colocado à venda pela internet por um cidadão do Sul de Minas.

           O Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo) também atuou nesse caso. O responsável pelo anúncio foi localizado e a Promotoria de Justiça de Três Pontas obteve mandado judicial, cumprido pela Polícia Militar, o que resultou na apreensão da peça. A “mão de pilão”, confeccionada em pedra polida, tem 57 cm de comprimento.
Perícia
           As peças foram encaminhadas para perícia de autenticidade no Laboratório de Arqueologia do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A superintendência do Iphan será responsável pelo destino final dos objetos.

Crime
         Os responsáveis pela exposição dos bens arqueológicos à venda responderão pelo crime de receptação qualificada e, se condenados, podem pegar de três a oito anos de reclusão, além de ficarem sujeitos à multa.

Fonte: www.mpmg.mp.br.