quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ciclo de Palestras
 
 
   Nesta quarta-feira 22, quem apresentou mais um estudo realizado no PESU pelo Ciclo de Palestras, foi o professor e pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Evanguedes Kalapothakis. O tema abordado foi "Loxoscelismo: aspectos biológicos da aranha Loxosceles e do veneno".
   O gênero loxosceles é  conhecido popularmente como as aranhas marrons e se divide em várias espécies. Em Minas Gerais, destaca-se a Loxosceles smilis que, antes descrita apenas em grutas, começou a ser encontrada também há poucos anos, em ambientes antrópicos na região metropolitana de Belo Horizonte.
   Loxoscelismo é o nome dado aos sinais e sintomas característicos do envenenamento após a picada das aranhas. Segundo o professor esta espécie não é agressiva e picam apenas quando comprimidas contra o corpo.
   Nas primeiras 24 horas após a picada o paciente apresenta-se assintomático, além de não sentir dor e não perceber que foi envenenado. Após circular pelo corpo da vítima, o veneno pode provocar vermelhidão, bolhas, muita dor e o necrosamento no local da picada.
   O pesquisador afirmou que os estudos realizados tem como objetivo principal desenvolver soros e vacinas para tratamento. Evanguedes disse que o trabalho visa ainda buscar formas de melhorar estes soros já desenvolvidos.
   Em Minas Gerais foram registrados 14 casos em 2001 e 143 casos em 2006. Ele destacou que em Belo Horizonte e região metropolitana, o João XXIII é o único hospital capacitada para tratar esses tipos de casos.
   A pesquisa está em andamento e segundo o professor a Loxosceles smilis, por enquanto, foi a única encontrada das várias espécies existentes da aranha marron, na Gruta da Lapinha. A fase de coleta das aranhas terminou nete mês de maio e agora segue para os estudos em laboratório.